Hoje vamos falar sobre o Oldsmobile Cutlass e suas diferentes transformações ao longo do tempo, desde sua época como um carro de tamanho médio até sua fase como um emocionante esportivo.
E finalmente, sua trajetória como um modelo de tração dianteira menos significativo em seus últimos anos de produção.
Se você se interessa por essa evolução, continue lendo este artigo e descubra curiosidades interessantes sobre este ícone!
O surgimento do Oldsmobile Cutlass

A avenida Woodward servia como ponto de encontro para quatro diferentes comunidades de Detroit: entusiastas de carros modificados, mecânicos habilidosos, proprietários de concessionárias de veículos e engenheiros das três principais montadoras da cidade (Chrysler, Ford e General Motors).
Durante a década de 60, os membros desses grupos costumavam se reunir nos postos de gasolina ao longo dessa via icônica.
Eles compartilhavam ideias sobre como otimizar o desempenho de seus veículos nos 34 quilômetros de asfalto, que mais pareciam um campo de testes misturado com uma pista de corrida.
Foi nesse cenário que a rivalidade entre John DeLorean e John Beltz surgiu. Ambos ocupavam posições de liderança na área de engenharia, respectivamente, nas divisões Pontiac e Oldsmobile.
Essa rivalidade acabou se estendendo para dentro da própria General Motors, que era a controladora de ambas as divisões.
Rivalidade dentro da própria General Motors

Em 1964, John DeLorean tomou uma decisão audaciosa ao instalar um motor V8 de 389 polegadas cúbicas (6,4 litros) no modelo Le Mans da Pontiac, mesmo que a GM tivesse uma regra interna que limitava a cilindrada a 330 polegadas cúbicas (5,4 litros) para aquele segmento.
Foi assim que nasceu o lendário Pontiac GTO, um dos pioneiros dos muscle cars. A alta cúpula da GM não ficou nada satisfeita com a atitude de DeLorean, e isso causou a saída de Beltz, insatisfeito com a situação.
Para cumprir as regras, a Oldsmobile criou o 442, uma versão esportiva do Cutlass, que tinha um carburador de quatro corpos, transmissão de quatro marchas e um motor V8 de 330 polegadas cúbicas (5,4 litros).
Apesar disso, o 442 tinha menos torque, potência e vendas em comparação com o GTO.
Ciente dessa competição acirrada, a GM aumentou o limite de cilindrada para 400 polegadas cúbicas (6,6 litros) em 1965, mas deixou claro para todas as divisões que não toleraria mais desobediências, não importando o quão bem-sucedidas fossem.
O GTO havia vendido seis vezes mais do que o previsto. Beltz desejava se vingar, mas sabia que desafiar as regras corporativas poderia custar seu emprego.
A solução para esse impasse surgiu na Avenida Woodward: o empresário George Hurst, da Hurst Performance, demonstrou um desempenho impressionante ao equipar um Oldsmobile Cutlass com um motor V8 de 455 polegadas cúbicas (7,5 litros) retirado de um Oldsmobile Toronado.
Como fornecedora da indústria automotiva, não demorou muito para que a Hurst estabelecesse uma parceria com a Oldsmobile,
Evitando assim qualquer violação das regras da GM, já que essa manobra estava sendo realizada por outra empresa. E assim, nasceu o Oldsmobile Hurst/Olds.
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